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18/09/2025
Ausência do pai nos pacientes em consultas terapêuticas

XVII Encontro Brasileiro sobre o Pensamento de D. Winnicott
JOÃO PESSOA
2023
EIXO TEMÁTICO
FAMÍLIA E INTERVENÇÕES CLÍNICAS
Ausência do pai nos pacientes em consultas terapêuticas
Marisa Cintra Bortoletto[1]
RESUMO: O trabalho pretende discorrer sobre pacientes que buscaram ajuda psicológica no projeto Consultas Terapêuticas, e foram atendidos no modelo consultas terapêuticas ampliadas.[2]
A partir da experiência com dois pacientes, tece reflexões sobre as consequências psíquicas da ausência do pai no âmbito familiar.
Além disso, salienta as marcas indeléveis na vida emocional do indivíduo, o cuidado e a indicação do tratamento adequado. O aporte teórico está baseado em autores como Víctor Guerra, Luís Fernando de Oliveira Saraiva, Dailza Pineda, Afrânio de Matos Ferreira, Ana Cristina Gomes, Angela May, Mônica L. Ferreira Valente, Claudia Dias Rosa, Rosa Maria Tosta, e Donald Woods Winnicott.
PALAVRAS-CHAVE: Ausência, cuidado, marcas, consultas terapêuticas e ampliadas.
INTRODUÇÃO
Este trabalho levou em conta o tema central do XVII Encontro Brasileiro sobre o Pensamento de D. Winnicott, em João Pessoa, Paraíba: Tudo começa em casa (Winnicott, D., 2005). Neste livro, o autor enfatiza tópicos como: saúde e doença, a cura, família, dentre outros assuntos, temáticas que ganharam maior relevância após as experiências traumáticas vividas durante a pandemia. Nessa época, ficar em casa era o que podíamos fazer diante dos perigos do contágio da COVID-19. Uma medida sanitária diante da ameaça de um desconhecido vírus. Era sensato obedecer (Inácio, M.D.). O convívio familiar se tornou mais intenso. Pais e filhos unidos forçosamente.
Acompanhamos as mudanças dos atendimentos psicoterápicos para a modalidade on-line, o que proporcionou um aumento considerável de pessoas realizando suas terapias. Como sabemos, esta foi, e continua sendo, uma oportunidade para muitos cuidarem das enfermidades psíquicas. A saúde mental sofreu um impacto tal que nos deparamos com o aumento da gravidade dos casos clínicos, como depressão, esgotamento mental, ideação suicida, entre outras questões emocionais.
Nessa mesma época, vários projetos humanitários apareceram, com o intuito de oferecer tratamentos gratuitos para a população mais vulnerável. Em 2022, vim a conhecer o admirável projeto coordenado por Afrânio Matos Ferreira, Angela May e demais fundadores e colaboradores.
O projeto Consultas Terapêuticas (https:consultasterapeuticas.com.br) iniciou suas atividades vinculado ao Instituto Sedes Sapientiae e, após o término do período mais crítico da pandemia, tornou-se independente, e é formado por um coletivo de psicanalistas estudiosos da obra de D. Winnicott. Tem como objetivo oferecer:
Consultas terapêuticas on-line e gratuitas. Destinado às pessoas que estejam atravessando situações de crises, momentos difíceis, sofrimentos psicológicos,
insegurança, medos, ansiedades e angústias, causados por alguma problemática pessoal, social ou ambiental. Trata-se de uma intervenção psicológica de curta duração. (2023)
Os fundadores do projeto nos contam que este trabalho clínico contribuiu para suavizar as angústias de muitos, e as próprias. Encontraram na criatividade caminhos possíveis para lidar com as demandas emocionais da dupla paciente e analista (Ferreira, A.; Gomes, A.C.; May, A., Valente, M.L.F. in Tosta, R. org., 2023).
Minha inserção nesse projeto ocorreu em setembro de 2022, a convite dos coordenadores. Num primeiro momento, minha expectativa estava direcionada à possibilidade de conhecer um trabalho clínico num contexto diferente, junto a um grupo implicado no estudo e pesquisa da prática clínica em Winnicott, com o foco em uma até cinco consultas terapêuticas.
Percebi que estava diante de um novo desafio, e repleta de dúvidas e incertezas: como cuidar e ajudar de forma breve, e resgatar o paciente diante da fragilidade e inconstância da situação de crise?
Nas reuniões semanais com o grupo, pude, pouco a pouco, compreender o manejo clínico. A escuta das histórias dos pacientes dos colegas se tornou fundamental para aprender, por meio dessa generosa troca de ideias. Compreender a intensidade das emoções mobilizadas nesses atendimentos também se mostrou fundamental para iniciarmos as consultas.
O contato direto com os pacientes ofereceu a experiência de conhecer pessoas aprisionadas em tragédias pessoais e/ou ambientais. A escuta privilegiada das demandas psíquicas trouxe, para a maioria delas, um alento, uma direção, em busca da continuidade da própria vida. O atendimento de dois pacientes, em especial, me trouxe a motivação de escrever sobre um aspecto comum ao eles: a ausência do pai, a qual influenciou, profundamente, na constituição da doença mental de cada um, como vamos observar mais à frente, nas ilustrações clínicas.
O VALOR DA CONSULTA TERAPÊUTICA
Winnicott considerava a consulta terapêutica um manejo clínico, onde a interpretação da transferência não é o objetivo principal a ser atingido. Com as crianças, o autor criou o jogo do rabisco, onde o paciente infantil e o terapeuta realizam diversos rabiscos, com diferentes significados. A atividade lúdica foi o meio encontrado para conseguir se comunicar com os afetos e as emoções da criança.
O que acontece no jogo e em toda entrevista depende da utilização feita da experiência da criança, incluindo o material que apresenta (Winnicott, 1984, pg. 11).
Esta era, e continua sendo, uma maneira onde a criança se sente compreendida e espera ser cuidada em suas necessidades.
Aos adultos vamos oferecer um setting humano, onde o paciente poderá se sentir livre para expressar sua ansiedade e tensões. Este costuma ser um momento muito delicado da consulta, pois há de se ter domínio da técnica, a fim de evitar repetições frente às descrenças de não ser compreendido. O autor confiava em sua experiência clínica para acolher e se aproximar das necessidades do paciente (Winnicott, 1965, pg. 247).
Tosta, R.M. (2023) ressalta:
É importante que o material que surge de modo relativamente não defendido possa ser aproveitado para benefício do paciente já na primeira entrevista… A proposta de consultas terapêuticas poderia… ser vista como um conjunto de “primeiras” entrevistas terapêuticas (pg. 30).
Ao iniciar o atendimento dos pacientes, temos de ter consciência que se trata de um setting diferente do tradicional da psicanálise. Irá exigir maior flexibilidade por parte do analista, e a capacidade de poder adaptar-se às necessidades do paciente (Ferreira, A.; Gomes, A.C.; May, A.; Valente, M.L.F. in Tosta, R. org., 2023, pg. 219 e 210).
A PRÁTICA CLÍNICA DE PACIENTES EM CONSULTAS TERAPÊUTICAS AMPLIADAS[3]
Caso José
A história de vida de José é comovente. Sua mãe engravidou aos 17 anos. Uma gravidez precoce e não planejada. Desde o nascimento o pai biológico não assumiu a criança. José chegou, no início da adolescência, a procurar o pai e este não quis conhecê-lo. Para ele, este fato foi o maior trauma de sua vida. Na época, apresentou ideação suicida. Recebeu apoio por parte de sua avó materna, da mãe e do padrasto, no sentido da superação dessa imensa decepção.
O paciente tem a compreensão de que foi uma criança muito mimada pela avó materna. Uma marca da infância é não gostar que ninguém dê palpite em sua vida. Reconhece ser muito teimoso. Em vários momentos, os familiares tentaram ajudá-lo, mas sua oposição criava obstáculos para ele mesmo. Tem tendência a explosões de agressividade e momentos de isolamento. Quando descreve as alterações de humor, temos a impressão de que ele tem uma personalidade do tipo bipolar.
A partir da adolescência, os familiares decidem que o melhor era que ele trabalhasse no negócio da família. Assim, José não ia entrar em encrencas. Ele entendeu esse período como a perda dos amigos e das diversões da idade. Ele esteve exposto à convivência com adultos, segundo ele, “bêbados e drogados”, e completa: “Não era a hora certa de aprender certas coisas”.
José desde pequeno apresentou problemas na fala. Tem até hoje um tom de voz baixo e, por vezes, sua dicção fica inaudível. Sofreu bullying na escola, e esta é uma de suas frustrações, pois sente que tem muito a dizer.
Conversamos sobre a possibilidade da elaboração desses ressentimentos e sofrimentos numa terapia. Com esse auxílio ele poderá compreender a própria personalidade, e quem sabe atenuar as consequências de uma infância conturbada, a rejeição paterna e algumas vivências negativas que levaram ao acúmulo de ressentimentos.
Nesse momento, José pôde expressar sua vontade de evoluir e encontrar novos caminhos. Conversamos sobre uma frase dita pelos familiares: “José não quer crescer”. Compreendeu que, com a ajuda certa, é possível seguir em frente e ter uma nova visão dessa trajetória de vida.
Em José observamos um sentimento de desamparo desde o nascimento, como se a ausência do pai tenha deixado um imenso vazio, uma ferida aberta e uma vivência de invasões constantes.
Guerra (2022), em seu livro sobre a vida psíquica dos bebês e os indicadores de intersubjetividade, oferece o exemplo de uma menina que não conseguia se ver no espelho. Uma situação patológica relatada por Resnik (1973), a qual parece se assemelhar ao sentimento de José em relação à própria existência:
Ninguém consegue me ver, nem eu. Eu não existo, não sou uma pessoa. Uma pessoa é alguém que os outros podem ver e que pode olhar para um espelho, então ser uma pessoa significa se ver e ser visto e, portanto, existir… (pg. 127).
Na última consulta, José comenta que seu caminho é buscar o tratamento adequado, pois sentiu nesse trabalho terapêutico que sua vida é um verdadeiro quebra-cabeça. Que, apesar de ter uma compreensão de seus conflitos e sofrimentos, ainda reage com muita raiva junto aos familiares. Tem vontade de ser menos agressivo. Percebe também que, quando se sente bem, tranquilo, seu carisma aparece e consegue sentir a admiração dos amigos frente às suas experiências.
Conversamos sobre a temática de ser o primeiro filho de uma mãe adolescente. Provavelmente, tanto mãe como pai fossem muito imaturos para assumir a parentalidade. E, apesar dessas situações traumáticas, os familiares sempre estiveram presentes. Atualmente diz: “Minha namorada me apoia muito, sou eu que preciso aceitar”. De alguma maneira, parece que o paciente pode lançar um novo olhar à sua condição emocional. Com graça, menciona que não expressou nem metade de sua teimosia nas consultas terapêuticas. Desconfia que precisa rever esta forma de encarar os fatos, bem como aceitar os cuidados de quem o cerca.
Caso Maria
Maria busca o projeto Consultas Terapêuticas após uma crise de agressividade provocada por questões familiares. Mora com a mãe e o irmão, seis anos mais velho. O plano deles é vender a casa onde residem e morar no interior, onde vive a família materna. Há poucos meses surgiu um comprador para a casa, e na ocasião Maria ficou desesperada, diante das perdas que essa mudança de cidade poderia impactar em sua vida.
O que provocou, de fato, a crise tão intensa, parece ter sido a posição que ela ocupa na dinâmica familiar. Mãe e irmão, segundo seu relato, determinaram que já estava “predestinada” a cuidar da mãe na velhice, e não existiria outra opção possível. Sente-se profundamente injustiçada, pois não conseguiu ser independente. Não se casou, apesar dos inúmeros namorados. Possui uma carreira profissional instável. Dessa forma, não consegue pensar em alternativas.
Para Maria, o irmão desde pequeno parecia ser o filho predileto da mãe. Ela, fruto de uma gravidez não planejada, foi sentida, segundo o que a mãe expressava, uma criança muito difícil de cuidar, que chorava muito e deixava a mãe muito irritada. O pai tinha pela filha um carinho especial, gostava das brincadeiras que a filha fazia, como ser bailarina ou uma princesa que dançava para ele.
A hostilidade da mãe para com a filha permanecia alicerçada ao fato de o marido ser alcoólatra, e bater com frequência na esposa. Os elogios e carinhos eram apenas para a “filhinha do papai”. Aos sete anos os pais se divorciaram. Maria sofreu muito com a ausência do pai, o qual foi viver em outra cidade, e passou a visitá-lo, apenas, duas vezes ao ano. Com este afastamento, tudo mudou: o pai, além do alcoolismo, passa a apresentar uma depressão profunda. Torna-se um estranho, com o qual nunca mais pôde contar como o pai protetor que a mimava. Na adolescência, ele sofre um enfarto e falece. Tem poucas lembranças dessa época, e compreende que sua depressão pode ter sido herdada da família do pai, pois seus tios também sofriam com sintomas depressivos. Seus fracassos amorosos ocorreram, na opinião de Maria, por causa dessa falta de confiança nos homens pelos relacionamentos abusivos que viveu. Num dos empregos que teve, numa escola, sofreu com os maus tratos e assédios do diretor. A situação perdurou por anos, até sofrer uma crise depressiva que a levou ao uso da medicação de antidepressivos que persiste até hoje.
Maria, uma mulher amável e delicada, mostrou ter uma ideia clara de sua situação de vida. No início parecia mais fechada em seu sofrimento, e um tanto sem esperança quanto ao seu futuro. Conversamos sobre a mudança de cidade; isso também poderia ser um projeto dela. Viver em cidades menores costuma propiciar maior qualidade de vida. Talvez, ela pudesse pesquisar os prós e contras desse local. Nesse momento, aparece uma “outra” Maria, que diz: “Minha vida tem sido difícil, mas não foi só difícil: tenho boas amigas, minha mãe e eu conseguimos nos entender. Também não tenho coragem de deixá-la sozinha. Ela sempre me ajudou.”
Trocamos ideias sobre a possibilidade de buscar uma nova terapia, pois era uma maneira de ressignificar todas essas vivências. A princípio, mostrou-se pouco disposta a esse tipo de ajuda e disse: “Só consultas já está bom”. Ocorre que Maria pensou a respeito e mudou de opinião. Então pede a indicação de um terapeuta, pois nossas conversas a fizeram pensar que está na hora de rever a maneira de olhar a própria história. Cogitou sobre os benefícios de uma terapia, e agradeceu pelas consultas e a ajuda recebida ao dizer: “Essas consultas podem ajudar a muita gente”.
Em Maria foi possível observar o sentimento de abandono do pai, pelo divórcio, e a falta de confiança na mãe, que foi sentida como ciumenta, egoísta, e detentora de poder sobre os destinos na filha. Ao final das consultas vemos sinais de esperança e um resgate afetivo entre mãe e filha.
E o pai?
Desde os anos 1960, D. Winnicott realizava palestras pela BBC de Londres, as quais eram direcionadas ao público em geral. O objetivo destas conversas era oferecer conteúdo relevante sobre os cuidados infantis, bem como orientações aos pais e familiares. Deste importante trabalho foram publicados livros como: A criança e seu mundo e Tudo começa em casa, datados entre os anos 1960 a 1965.
Nessa época já surgiram discussões sobre a presença e ajuda do pai diante do nascimento dos filhos. Para além da ajuda material, os cuidados infantis, e o apoio à mãe, passa a ter grande valor no desenvolvimento dos bebês. Trata-se de um marco na história sobre a importância da função paterna. Segundo Winnicott (2005), os pais, em momentos caóticos ante as necessidades infantis, podem amparar a criança e a mãe, restabelecendo o equilíbrio necessário a esse cuidado (pg. 191).
Donald Winnicott, em 1966, proferiu a palestra: A criança, no grupo familiar, nos conta que a entrada do pai na educação infantil teria duas frentes significativas. A primeira diz respeito a:
… o pai ser uma das duplicações da figura materna. A segunda: … o pai acaba entrando na vida da criança como um aspecto da mãe… duro, severo, implacável, intransigente, indestrutível… se torna: um ser humano, alguém que pode ser temido, odiado, amado e respeitado (2005, pg. 127).
Já existem países que oferecem tanto a licença maternidade quanto a licença paternidade. Recentemente, na Espanha, ambas as licenças são concedidas com o mesmo número de semanas, o que favorece a presença do pai e da mãe na difícil conciliação do cuidado aos bebês recém-nascidos. Atualmente, conforme a formação do casal, encontramos homens ou mulheres na função materna e/ou paterna. A divisão de tarefas costuma beneficiar a harmonia doméstica.
Segundo Winnicott (2005), homens maternais por vezes comportam-se como mães substitutas. Os pais podem, desta maneira, amparar e entender a fragilidade infantil e a depressão pós parto da mãe (pg. 191). Por outro lado, as faltas indiretas do pai podem influenciar no advento das psicoses, uma vez que a falta de sustentação à mãe pode impedir a entrada no estado de preocupação materna primária (Rosa, 2014, pg. 41).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
José e Maria contam suas narrativas de vida indicando que o crescimento em famílias disfuncionais deixou marcas profundas nas personalidades. Tal fato traz a hipótese da constituição da doença mental na mais tenra idade. De diferentes maneiras, ambos os pacientes nos contam sobre a dificuldade para sobreviver dentro destes ambientes sentidos como hostis.
O sentido de faltas e falhas, presente nos relatos, mostram que os sinais de esperança de dias melhores estão internalizados, quando aceitam ressignificar a própria existência por meio de uma ajuda psicológica. Desta maneira, podemos afirmar que as consultas terapêuticas foram uma experiência extraordinária, no sentido de colocá-los rumo ao cuidado dos aspectos psíquicos de suas vidas.
BIBLIOGRAFIA
Ferreira, A.M., Gomes, A.C., May, A., Valente, M.L.F. “Consultas terapêuticas ampliadas na era da pandemia”, in Tosta, R.M. (org.). Consultas terapêuticas. Modalidade de clínica psicanalítica em vários contextos. São Paulo: Educ, PIPEq, 2023, p. 209-227.
Guerra, V. Vida psíquica do bebê. A parentalidade e os processos de subjetivação. São Paulo: Blucher, 2022.
Inácio, M.D. in Pineda, D., Saraiva, L.F.O. (orgs.). Clínica e (a)normalidade. Interpelações pandêmicas. SP: Blucher, 2022.
Rosa, C.D. (org.). E o pai? Uma abordagem winnicottiana. São Paulo: DWW, 2014.
SITE: https:consultasterapeuticas.com.br, 2023.
Tosta, R.M. (org.). Consultas terapêuticas. Modalidade de clínica psicanalítica em vários contextos. São Paulo: Educ, PIPEq, 2023.
Winnicott, D. (1965) “O valor da consulta terapêutica”, in Winnicott, C., Shepherd, R., Davis, M. (orgs.) Explorações psicanalíticas. PA: Artes Médicas, 1994.
_______ A criança e o seu mundo, RJ: Zahar, 1975.
_______ Consultas terapêuticas em psiquiatria infantil. RJ: Imago, 1984.
_______ Tudo começa em casa. SP: Martins Fontes, 2005, p. 191.
[1] Marisa Cintra Bortoletto, psicóloga psicanalista, é colaboradora no atendimento de pacientes encaminhados pelo projeto Consultas Terapêuticas.
[2] Este projeto visa oferecer a oportunidade de uma até cinco consultas on-line para pessoas em situações de crise e/ou vulnerabilidade.
[3] As situações clínicas apresentadas não caracterizam nenhum paciente específico.